16.8.08

Observações ou ainda Recado aos Passantes

Com efeito, os pincéis, as cores e a criatividade estão nessa ordem e por essa ordem de todo subordinados ao que de “poético” meu caminho por esta arte pretenda.

Poético aqui é, a fortiriori, um modo imanente e transcendente que só realiza-se no momento do “transbordamento” do sujeito que interrogante, coloca a questão pela Beleza do “sentido do estar no mundo” e do sentido do “dar” sentido ao Mundo nesse mesmo estar.


Não há resposta satisfatória no executar os trabalhos porque, de fato, esse Trabalhar, alimenta-se, antes, pelo próprio élan proposto do colocar-se no caminho. O "caminho" que empreende o "caminhante-do-caminho" e que jamais é “final” senão "fim” naquele sentido do “meio” numa palavra.

Nas cores desse álbum (universo – mencionado no primeiro parágrafo) e nas formas, há de algum modo, uma polifonia e uma polimorfia que jamais são colocados de modo Pancalista. 



A expressão na pintura, pela poética que seu executar propõe quer sobretudo caminhar pela cor e com a cor para o colorido mesmo que a imagem, numa gramática ou alquimia visual, direciona, nesse estar objetivo/subjetivo e também por impressões: De um Universo particular.
De modo que cada cor, à maneira da Voz, ergue-se a expressar um sentido tão Outro que somente para idéia e na idéia encontram seu correspondente bem como pela forma dá-se a confirmação do anseio daquela cor ainda do outrora mencionado Catalogo de um Universo Particular.

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