Suponha que uma mulher espancada pelo seu marido, como algo jogado numa superfície aquosa, dê continuidade à tal cadeia de violência (mentalize uma onda). Suponha, por exemplo, os filhos que são vitimas da violência de seus pais e, nesta esteira, perpetuem o encadeamento do ódio socializado (veja bem: a casa > o mundo): não é banal ou piegas evocar essa questão sem o desejo da sua resolução da forma e meio mais urgentes possíveis. Supondo um sistema judiciário eficaz e menos pervertido, menos corrupto inclusive.
O problema da violência contra as mulheres assim como a corrupção na política, deveriam ser junto à educação um dos problemas mais urgentes para qualquer nação que queira ser chamada de civilização algum dia: ora, se a civilização que, embora tenha resolvido tais questões como educação e corrupção (e da distribuição de renda, obviamente) ainda sofre com a questão da violência contra mulheres, será por que nós, os homens, somos nesta época de muita ciência e avanço humano etc etc... nada além do que bárbaros tecnizados? fica a questão.