Turris Sapientiae, 1470 |
não há muitos assuntos na literatura.
embora os cínicos dissimulem sempre nos seus ofícios de encher sacos com vento, de dançar com o éter ou o vazio que embora seja outro tema é uma fuga para que se não diga o que importa e é uma variação, portanto do nada e do medo ou ainda da incapacidade de dizer o que importa porque certamente é mais lucrativo ou importante para o status a imagem que a essência: o velho problema da doxa e episteme.
desde homero que as lutas são um tema. a amizade e o amor e o amor-de-amizade são os temas. desde cervantes que a amizade é um tema. que o amor é um tema e que a falta dele que leva a loucura é um tema. que a amizade é um tema. desde dante que o amor é um tema. que a amizade é um tema. desde ovídio que o amor é um tema. que a paixão é um tema. desde lorca no seu pranto por ignacio sánchez mejías que o amor é um tema. que amizade é um tema. que a paixão é um tema. desde yourcernar que a paixão é um tema. que a amizade é um tema. que o amor e a paixão são os temas. desde dostoiévski que o amor que salva é um tema. que a loucura é um tema. que a amizade é um tema. desde...
eu poderia enumerar um catalogo para lhes atravessar os horários das três refeiçoes do dia. o amor desde sempre é a questão da literatura e se Deus tem nome mais encarnado esse nome é amor. é um tema.
o mal na giesta do gilgamesh é uma variação do mesmo tema. da sua ausência-presença. certamente o mahabharata deve tratar do amor. o amor vende bastante, é o tema da moda, o assunto de sempre.