19.2.09

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Sol Lewitt que me perdoe.
Nada é mais interessante que a dicção de Valécia Ribeiro.
(Tarde),  Museu Rodin, Salvador -Bahia.

13.2.09





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Ouço Bach da janela do CD
que é capa e
ouço
a caixa ou cortina e porta

aberto: meus ouvidos enxergam uma nota
que palavra não rouba
__________________ou decalca.
e tem meta.
e alcanço o avesso,
retalhos. Retalhos.
Ouço orações
nelas,
1.000 datas se repetem
_____________________em espera.
e ouço Bach



3.2.09

Do que buscamos...

O que gostamos e queremos é Poesia. O que a Poesia é não sabemos: talvez os arqueólogos saibam... O que eles sabem é aquilo que as escavações apontam: para Poeira, sobretudo.


A poesia (desconfiamos) é a Vida. A Vida não se deixa encobrir no Tempo. A Vida está aí e sempre esteve aí. A Vida jamais nunca-aqui-não-esteve. É dela que o poema frui. O homem faz poesia porque é no Poema que a vida acontece como Vida mesmo: Habitamos na beleza e no Horror de estar no mundo.

Sem Poesia (a Vida) é tediosa; por isso que para Hölderlin a Poesia é uma categoria Humana. Por isso as crianças brincam nos parques da Bahia ou de Belo Horizonte , por isso uma mãe ama seu filho e um pai trabalha para sustentar sua prole, por isso ( realmente) o divino ilumina o que criou: ora seu Fazer é Poiesis num grau que não mais podemos compreender ou jamais compreendamos: o mistério é da Palavra que Cria. Do Verbo que se encarnou em Carne.


Do Amor que é o que é graças ao que imita, o Sagrado.

1.2.09

Aquilo de André Bonnard: "Píndaro, princípe dos poetas e poeta dos princípes"

Πίνδαρος
θραύσμα 127 (ed. Maehler)

Εἴη καὶ ἐρᾶν καὶ ἔρωτι
χαρίζεσθαι κατὰ καιρόν·
μὴ πρεσβυτέραν ἀριθμοῦ
δίωκε, θυμέ, πρᾶξιν.

Alfredo Rezende (trad.)
Fragmento 127


Que amar, assim como ao amor
recompensar, seja ao seu tempo;
demais, coração, não persigas
um já envelhecido intento.