22.4.09

oficio do tempo

na esquina sino que
repete aos mesmos
de antes, 
..............ontem e
amanhã,
recado ao tempo
para Oficio do tempo, 
com tambores,
..............ou flauta 
ou oboé.

sorri,
digo, 
sorri


não te cansas do mesmo?
(tédio)
não te cansas?
(tédio)
cansas?
(tédio)

louvo-O e
Ele me quebra os ossos,
me amolece os ossos,
Ele.

e
a hora anunciada,
sigamos.

PARA QUE NUVENS NÃO PASSEM BRANCAS


> No dia 21 do mês de Março, dia internacional da Poesia instituído UNESCO-ONU, fiz palestra no CEPA (círculo de estudo pensamento e ação): A apresentação chamou-se  Comentários à Poesia de Ezra Pound. Passado alguns sábados, o professor Germano Machado, padrinho querido, professor aposentado pela UFBA e Universidade Católica, o então presidente do CEPA, deu por justo oferecer certificado -- pelo modo de título -- pela palestra que proferi sobre EZRA POUND.


> Participei de exposição no Museu Rodin da Bahia em 17/IV, às 16:00, com o trabalho porque o amor é forte, é como a morte. A exposição foi fechada com recital de Poesia que abri recitando Velimir Khlébnikov (1885- 1922) seguido dos demais artistas expostos.

14.4.09

elegia para abril


abril
despedaço-me 

sem kadaré
 
pontes que se
ligam com
outro lado
arcos da ponte
ao lado:
nozes afagos
perfume?


o rapaz que 
não esqueçe:

(fios a fenecer
 fêmea que 
começa a 
envelhecer)

e tem  folha
       ora

acordar cedo
agora
 
e rasga o 
recado que
acaba o mês 
dos fracassos
dos acasos
dos afagos no

travesseiro 
abandonado.

só aos ratos
aos trapos
aos farrapos:
sim é Abril.
sem Amor

diz a porta que

tranca a casa
:
abriu, abril.

10.4.09

Jan van Eyck


#

1.

Pela cabeça mistérios:
turbante
red.

Vos revelo meu segredo,

Yo soy un hombre.

Outro ainda vos escondo,
Quem dobrou meu turbante?

2.


Casas, lojas,
Poços, Moinhos:
Nomes em Von
Ou Maria,
sete notas repetidas,
e bilhete de partida.


3.

– Ivan, qual o teu nome?

– Sossego, Ivan responde.

– Ivan, qual teu segredo?

– Vermelho, não te escondo.


4.

No turbante, 

dobras e cores.
Rot Red Rouge: 

amores.

4.4.09

Sonnet XII





#

When I do count the clock that tells the time,
And see the brave day sunk in hideous night;
When I behold the violet past prime,
And sable curls, all silver'd o'er with white;
When lofty trees I see barren of leaves,
Which erst from heat did canopy the heart ,
And summer's green all girded up in sheaves,
Borne on the bier with white and bristly beard;
Then of thy beauty do I question make,
That thou among the wastes of time must go,
Since sweets and beauties do themselves forsake,
And die as fast as they see others grow;
__And nothing 'gainst Time's scythecan make hence.
__Save breed, to brave him when he takes thee.
sxp.

3.4.09

!!

:yo não suporto isso de Nietzsche
& SEUS CHILIQUES de papai & mamãe
com meus traumas
de Deus & diabos
na terra sem Sol em Buñuel

#

ou,
ter culhão para dizer:
Deus está alí, aqui, acolá
& quer ser amado,
de fraldas de papel [sujas] em
btume & arabios

#

and,
no posso aturar esse papo de depois yo respondo,
sim,
não mais
.